CDL - CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE CONCÓRDIA - SC
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CDL apoia empresários de restaurantes e bares para não fecharem as portas em definitivo

26/03/2021

A CDL Concórdia recebeu na tarde de quinta-feira (25/03), na sala de reuniões da entidade, empresários do setor de alimentação, restaurantes, lanchonetes e bares da cidade. O encontro também contou com a participação do presidente da entidade, Gabriel Sabino, que inclusive faz parte do ramo e se solidariza com a situação.

De acordo com os empresários o decreto Estadual que impõe restrições mais rígidas, só prejudica ainda mais um setor que não aguentará por muito tempo se novas medidas em defesa não forem criadas. “Faz um ano que estamos praticamente parados, precisamos honrar com os nossos compromissos, em exclusivo com os salários dos funcionários e encargos, mas diante desta situação não vamos mais nos manter. São mais de 200 empresas impactadas e 600 famílias que podem perder seu sustento. Pedimos flexibilização no decreto do governo do estado”, pontua, César Maciel.

Para a classe a proibição do fornecimento de bebidas alcoólicas, com consumo no próprio estabelecimento entre às 18h e 6h em todos os níveis de risco é um agravante, para quem já tem queda de receita de mais de 70% desde março do ano anterior. O setor também relembra que esteve fechado por três meses consecutivos, e que vem se adaptando as inúmeras regras impostas por meio dos decretos.

A finalidade do encontro foi elaborar um ofício que será enviado ao Prefeito, Rogério Pacheco, e ao Governo do estado, solicitando que o horário de funcionamento seja mantido, com a venda inclusive de bebidas alcoólicas parte importante e essencial do faturamento desses estabelecimentos. “Precisamos em caráter de urgência uma nova orientação, com a abertura normal das atividades seguindo é claro todos os critérios de segurança. Não queremos perder vidas e nem trazer problemas a área da saúde, o que nós buscamos é equilíbrio. Nós também precisamos sobreviver”, diz Eliane Stempcziski.

A ação visa frear os impactos da pandemia neste setor, pedindo apoio do poder público com a criação de uma nova medida que seja justa para todos. O grupo entende que o momento da Covid-19 é crítico, e exige novos formatos de atuação, assim como maior responsabilidade por parte da população.

Os empresários também destacam que diante da situação, infelizmente muitas empresas devem em breve decretar falência, gerando demissões e queda de receita inclusive para o município. “Queremos que os governantes entendam que estamos seguindo as normas e nos ajustando ao que for necessário para atender com segurança, porém, infelizmente não podemos mais compactuar com tudo isso, e teremos que fechar as portas por completo se algo não for feito. São poucas, quase que nenhuma das empresas que possuem fluxo de caixa para tanto tempo. Todos somos essenciais, queremos que os critérios sejam bem avaliados e inclusive com argumentação científica para que o prejuízo não fique novamente para alguns setores. Não estamos conseguindo fechar a conta. Está difícil manter nossos negócios mesmo com a opção do delivery, não é o suficiente para honrarmos com a operação. Estamos sim enxugando custos e reduzindo mão de obra, mas não queremos precisar fechar em definitivo”, enfatiza Cleber Alievi.

O grupo argumenta que os clientes deixam de consumir nos estabelecimentos e compram nos supermercados a bebida alcoólica, o que não faz sentido para eles. “Infelizmente estamos transferindo a ineficiência da falta de soluções por parte dos governos, para alguns setores como o nosso, de eventos, artistas e do comércio de rua. A conta está com o empresário e com o consumidor com a elevação no preço das coisas. Já estamos com queda bruta na circulação de pessoas, em função da doença e do receio na qual é normal para a situação, mas precisamos vender para pagar as contas. E se perdemos mais um direito que é o caso da venda de bebidas, não teremos mesmo como manter o negócio. Nos comprometemos desde o início em manter os de cuidados e estamos abertos ao diálogo. E diante disso, procuramos a CDL para nos ajudar de alguma forma a cobrarmos dos líderes algumas atitudes imediatas”, analisa André Lazarin.

Na lista ainda das reivindicações apresentadas pelos empresários está a maior agilidade na chegada e aplicação das vacinas e a criação imediata de leitos, o que demonstra sensibilidade com a questão da saúde. A ajuda financeira como o cancelamento de impostos ou revogação imediata deles, maior força política para a criação de linhas de crédito e que cheguem até os micro e pequenos empreendedores, igualmente fazem parte da pauta. Outro ponto levantado é a questão do aumento dos custos dos insumos como a carne, e a maior incidência dos impostos, sem contar na negociação constante com os fornecedores para manter com as obrigações.

Além disso, os empresários ressaltam que foi realizada uma análise pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, na qual fez uma ampla vistoria nos estabelecimentos, espaços medidos e foram colocadas regras de distanciamento e quantidades de pessoas para cada ambiente. “Estamos de acordo com a lei, inclusive fomos fiscalizados e devemos ser a partir de agora, mas com as portas abertas e com o direito da consumação. Mas não conseguimos mais manter nosso custo operacional. O que é uma realidade difícil é que estamos devastados e impedidos de trabalhar, nossa sobrevivência está ameaçada. A queda do faturamento é muito alta para todos. Os bares, lanchonetes, restaurantes, entre outros não são os vilões da contaminação estamos obedecendo as orientações a um ano, e se verificarmos os relatórios os números só aumentaram, então do que adiantou nos punir desta forma. E mais nos aproximamos do inverno, na qual automaticamente já perdemos 30% de receita o que piora essa situação. E queremos que os políticos entendam, os nossos ambientes são bem mais seguros do que festas e encontros familiares que acontecem diariamente”, finaliza Alievi.

Confira o vídeo:

Fonte: Jornalista Responsável: Fabiana Passarin – ASCOM CDL Concórdia