CDL - CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE CONCÓRDIA - SC
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CDL Concórdia reforça posição empresarial de retomada das atividades

31/03/2020

Em reunião realizada na tarde de ontem (30/03), o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) na qual a CDL de Concórdia faz parte através da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) e mais seis Federações do Estado elaboraram um comunicado pedindo maior diálogo, compromisso, solidariedade e equilíbrio entre saúde e economia neste momento desafiador de coronavírus.

A entidade argumenta que o Estado está com isolamento social há duas semanas, reconhece que a vida dos catarinenses é prioridade, mas defendem que, seguindo rigorosos protocolos de segurança e isolamento de grupos de risco, seja autorizada a volta gradativa, mas imediata das atividades econômicas. Sem isso, muitas empresas fecharão as portas e o desemprego será ampliado fortemente. Paralelamente, a entidade cobra a colocação em prática de medidas de apoio ao setor privado, com postergação de impostos, entre os quais o ICMS e outras medidas.

O Cofem, como o representante do setor empresarial de Santa Catarina, solidário com a sociedade neste momento grave, mas ciente de suas responsabilidades, avalia que, no atual cenário, a paralisação da economia poderá ter consequências sociais tão graves quanto a própria pandemia – alerta o conselho já na primeira frase do comunicado.

Esta é a segunda grande pressão empresarial junto ao governo do Estado. Na semana passada, 50 entidades criaram o Movimento Reage SC e cobraram a reabertura do comércio e serviços. O governador Carlos Moisés disse que havia recebido sugestões de mais de 300 entidades empresariais para retomar a atividade produtiva, anunciou a reabertura para quarta-feira, mas voltou atrás no domingo. É claro que o governo federal está atrasado na ajuda, mas preocupa essa pressão numa fase da pandemia mundial em que quase todo mundo está em isolamento e pessoas de todas as idades e classes sociais estão perdendo a vida.

Leia a íntegra do comunicado do Conselho das Federações Empresariais de SC:

"Diálogo, compromisso, solidariedade e equilíbrio

O COFEM, como o representante do setor empresarial de Santa Catarina, solidário com a sociedade neste momento grave, mas ciente de suas responsabilidades, avalia que, no atual cenário, a paralisação da economia poderá ter consequências sociais tão graves quanto a própria pandemia. Passadas duas semanas de quarentena em Santa Catarina, com redução drástica ou interrupção total do faturamento, as empresas estão diante da necessidade de honrar compromissos como a folha de pagamento e diversos outros, enquanto grande parte das medidas de apoio anunciadas não se materializaram na prática ou se mostram insuficientes.

Preservar a vida dos catarinenses é prioridade. Sem minimizar a seriedade do problema, contudo, as entidades empresariais catarinenses defendem que, seguindo rigorosos protocolos de segurança e isolamento de grupos de risco, seja autorizada a volta gradativa, mas imediata, das atividades econômicas. Sem isso, muitas empresas, especialmente as pequenas, fecharão e os já elevados níveis de desemprego no País se ampliarão fortemente. O setor empresarial defende o equilíbrio entre a preservação da saúde da população e a possibilidade de evitar o caos. Quem está premido por uma folha de pagamento ou uma família para alimentar sabe o que é isso.

Na retomada das atividades, o COFEM propõe que seja considerada a interdependência das cadeias produtivas, ou seja, o conjunto de empresas de diversos setores (como agronegócio, indústria, transporte e comércio), que operam de forma integrada para prover produtos e serviços à sociedade.

Em paralelo a isso, espera-se que sejam postas em prática, imediatamente e sem burocracia, medidas de apoio à sobrevivência das empresas e dos cidadãos e para manutenção dos empregos. Entre estas, destacam-se iniciativas como a já solicitada postergação e parcelamento de pagamento de tributos, em especial do ICMS, e a oferta de crédito para capital de giro em condições condizentes com o momento. Garantir a saúde pública vai além do isolamento, mas passa também pela melhoria da infraestrutura técnica e profissional na área, que precisa ser demonstrada na prática.

Além disso, as federações empresariais esperam do setor público ações concretas de redução de custos e revisão de prioridades no uso do recurso público. São exemplos disso o adiamento das eleições de 2020, com o redirecionamento do fundo partidário para o enfrentamento da crise, e a concessão de férias e redução de jornada de trabalho do funcionalismo. É uma questão que se impõe, já que também a receita do setor público cairá com a redução da atividade econômica. O custo da crise não pode ficar restrito à iniciativa privada e seus trabalhadores.

Os catarinenses, certamente, irão se unir, dentro de seu já conhecido espírito de solidariedade, que permitiu superar tantas crises e desastres naturais. Como sempre, o COFEM está à disposição do governo e da sociedade catarinense para aprofundar a contribuição nesse sentido. E, inclusive, já colocou em prática uma série de ações como treinamento, disseminação de informação, distribuição de alimentos, aquisição de ventiladores e equipamentos de proteção, além de suporte logístico e tecnológico. Essa cooperação poderá ser ampliada por meio do diálogo, com a necessária participação empresarial na discussão e planejamento das ações que impactam a economia.

O COFEM é composto pelas Federações das Indústrias (FIESC), do Comércio (FECOMÉRCIO), da Agricultura (FAESC), dos Transportes (FETRANCESC), das Associações Empresariais (FACISC), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e das Micro e Pequenas Empresas (FAMPESC)."

Fonte: CDL Concórdia